A MARCA DO MAU GOSTO.
Em outubro do ano passado fiz um post (PEPSI CONSEGUE MUDAR MARCA PARA PIOR a 2008-10-22 16:16:04) sobre a mudança de marca da PEPSI.
Hoje, leio no Meio & Mensagem que esta nova marca, esta coisa aí em cima chega ao Brasil
na intenção de "transmitir um conceito mais moderno, associado a itens como expressividade e emotividade."
Segundo a PEPSI, a nova marca "busca o rejuvenescimento e se tornar mais atrativa aos olhos do público jovem."
Sabe quanto custou? "Apenas" novecentos milhões de euros!!!
Por isto? É muita cara de pau.
É o pior redesign que já vi em trinta anos de carreira. Basta dar uma olhada no post que fiz e depois conferir ao vivo ou "ao morto" a nova lata, adquirindo alguma em qualquer lanchonete, bar, botequim ou lá o que for.
Me recuso a comentar novamente sobre essa coisa de mau gosto que fizeram com a marca da PEPSI. É só conferir o que eu disse em link do post anterior citado acima.
De resto, só lamento.
CONFISSÕES DE UM PUBLICITÁRIO.
Quando entrei na faculdade de comunicação, em 1977, não pensava muito em propaganda, confesso. Era um moleque de 21 anos que não havia passado no vestibular para arquitetura, que havia estudado dois anos de pintura com alguns dos melhores mestres brasileiros e que queria, de qualquer jeito, trabalhar com alguma forma de arte. Aí, fui fazer a faculdade de publicidade e propaganda; palavras que, no Brasil, têm o mesmo significado.
Confesso também que logo no início do curso não fiquei muito estimulado dado às matérias práticas (na época) só serem ministradas a partir do quinto período, o que, diga-se de passagem, para um garoto irriquieto e doido para botar a mão na massa logo, era inadmissível. Resisti bravamente, no entanto, e ao chegar ao tão esperado período apaixonei-me de cara por aquilo tudo. Trabalhos práticos, estágio, visitas a diversos meios de comunicação e a fornecedores de propaganda (gráficas, fotolitos e fotocompositoras - era o que se tinha na época -, estúdios fotográficos, produtoras de áudio e vídeo), visitas a agências, era um mundo mágico que seduzia a qualquer um que gostasse um pouquinho só de comunicação, ainda mais um sujeito que era maníaco pela profissão como eu era e ainda sou.
Foi nessa época que fui apresentado a um sujeito muito simpático, com cara de paizão e que tinha um texto muito interessante, fácil e gostoso de ler. Era ninguém menos que David Ogilvy. Isso aconteceu quando li Confissões de um Publicitário.
Confesso de novo: Me apaixonei ainda mais pela profissão que logo abraçaria, montando uma agência, a STAGE, mesmo antes de me formar. David Ogilvy era tudo e estava a todo vapor. Aquele inglês ex-aprendiz de chef de cozinha era danado de bom e eu tinha muita coisa para aprender com ele. Não podia desperdiçar nada.
Um homem que funda uma agência com apenas dois funcionários, sem ter um único cliente e a transforma numa das seis maiores networks da publicidade mundial, hoje com mais de trezendos e cinquenta escritórios em 100 países tem que ser muito especial.
Um homem que cria uma frase para um anúncio de Rolls Royce, um de seus clientes, que diz "A 60 milhas por hora, o ruído mais alto do novo Rolls Royce vem do relógio elétrico.", não é um homem comum, confesse.
David Ogilvy fundou a Ogilvy, Benson & Mather em 1948, na cidade de Nova York e depois de trinta e três anos, ele mesmo enviou a um de seus sócios, o seguinte "bill" ou "memo":
“Alguma agência irá contratar este homem?
Ele tem 38 anos, está desempregado. Foi expulso do colégio. Foi cozinheiro, vendedor, diplomata e fazendeiro. Não sabe nada de marketing e nunca sequer escreveu um texto de publicidade. Diz estar interessado em iniciar a carreira de publicitário (aos 38 anos!) e está pronto para trabalhar por US$ 5.000 por ano. Duvido que alguma agência americana o contrate. Contudo, uma agência de Londres acabou realmente por contratá-lo. Três anos depois, tornou-se no mais famoso redactor publicitário do mundo e, neste momento, possui a 10ª maior agência de publicidade a nível mundial. Moral da história: algumas vezes, esta é a recompensa por uma agência ser tão criativa e não ortodoxa ao contratar pessoas.
D.O.”
Precisa falar mais alguma coisa? Confesse.
Eu digo que, sim; apenas mais uma coisa, eu confesso.
David, que saudades de você.
DAVID MACKENZIE OGILVY - 23 de junho de 1911 - 21 de julho de 1999.
PROPAGANDA & ARTE:
1 ANO DE VIDA.
Há 1 ano surgia o PROPAGANDA & ARTE, um blog que idealizei para falar de algumas coisas que eu gosto: propaganda, arte e culinária; não necessariamente nessa ordem.
Nesse período foram 257 posts e, desde que instalei o contador, no início de abril deste ano, já foram 7.400 visitas, o que considero uma maravilha. Sinal de que estou conseguindo reunir alguns interessados nos assuntos que divulgo neste blog. Marinheiro de primeira viagem que sou, afinal 1 ano como blogueiro, se é que posso me considerar um, ainda estou engatinhando nessa área, mas o que importa é que estou conseguindo me fazer ouvir e isso é muito bom, assim como foram muito boas as amizades que fiz e as pessoas que me ajudaram quando lhes pedi para divulgar o meu livro, editado em março deste ano, em Portugal. Tenho uma grande dívida com elas e agradeço mais uma vez por essa grande força que me deram.
Puxa! Isso é mesmo muito bom. Tenho que agradecer às pessoas que se interessam pelo que eu escrevo, principalmente porque sei que existem milhares de outras que também escrevem (e bem!) sobre os mesmos assuntos que eu abordo aqui no PROPAGANDA & ARTE e, por isso, fico muito vaidoso. Portanto, pessoal, valeu!
Valeu pela presença constante de vocês neste pequeno espaço que é o PROPAGANDA & ARTE, inserido no gigantesco mundo da internet. Ele é de vocês. Escrevam, comentem, critiquem, pois de nada adianta ter um espaço privilegiado como tenho e não dividi-lo com o mundo inteiro.
TARGET: PÚBLICO GLS.
UM GRANDE E LUCRATIVO NEGÓCIO.
A sociedade contemporânea brasileira finalmente começa a compreender que a opção sexual de cada um é opção apenas e tão somente de cada um e ninguém mais tem nada a
ver com isso. Escolhas são escolhas e cada pessoa tem a liberdade e o direito de fazer as suas.
Em particular, o "mercado GLS" é,por assim dizer , nos dias de hoje um segmento em franca expansão e por isso mesmo um grande filão de negócios. De muitos e lucrativos negócios.
Viagens, roupas, cosméticos, automóveis, saúde, educação e tudo mais é consumido em larga escala por um mercado composto normalmente por pessoas inteligentes, de bom gosto, exigentes, com alta renda e escolaridade universitária (no mínimo, quando não têm uma pós, ou MBA, ou ainda, mestrado ou doutorado).
Marcas de qualidade quando dirigem suas mensagens publicitárias a este target, dificilmente se arrependem (se é que se arrependem). A cada dia é mais comum a associação dessas pessoas com produtos e serviços de luxo. Porém, um dado importantíssimo e até hoje desprezado eram os gays, lésbicas e simpatizantes de baixa renda e empresas que desprezam esse nicho de mercado perdem - literalmente - dinheiro.
Não dá para resumir o público GLS a um grupo bem sucedido, super aceito em todos os lugares e bastante divertido. O mercado adota erradamente um descarte "normal" de gays e travestis de baixa renda. Mas esse público também consome como qualquer outro público heterossexual de baixa renda.
Mas...Como vender para esse público tão peculiar?
Peculiar, por que? É um público como outro qualquer. A diferença é que não deseja e não precisa que ninguém seja simpático à sua "causa", pois sabe muito bem ele próprio cuidar de sua vida.
Existem inúmeros approaches que podem ser usados como são usados para qualquer tipo de público: humor, sensualidade, higiene, praticidade, modernidade, conscientização, informativo, emocional, intelectual, comparativo, resultado de uso, inovação tecnológica. Tantos e tantos. Não é nenhum bicho de sete cabeças. É só tratar o público como qualquer outro público, repito. Basta ser criativo como se deve ser na concepção de peças publicitárias para qualquer público.
Veja o anúncio que coloquei lá em cima com o é interessante. Impossível não ser simpático a ele. Impossível este anúncio não obter sucesso. É olhar e abrir um sorriso. A Tecnisa acertou em cheio e está de parabéns por uma peça publicitária tão interessante e significativa.
Desde 2003 que essa empresa investe e atende o público GLS e não se arrepende.
GLS, um público com o outro qualquer, que consome como outro qualquer. Preste atenção. Vale a pena investir.
UM GAROTO DE "APENAS"
80 ANOS.
A mais que tradicional fábrica de chocolates GAROTO, localizada em Vila Velha, no Espírito Santo, está completando oitenta anos.
Para comemorar o feito, lançou em parceria com os Correios o selo comemorativo da data (abaixo) que será aplicado em todas as correspondências simples nacionais e internacinais da empresa que forem postadas entre julho e dezembro deste ano.
Veja a interessante história do chocolate e saiba como surgiu esta delícia que todos amam :
(retirado do site da GAROTO)
O cacau já era cultivado e consumido pelos índios Astecas no México e pelos Maias na América Central bem antes da chegada dos colonizadores europeus. Além disso, o cacau era muito cultuado, pois, para eles, era um alimento sagrado. Chamado de “cacauhualt”, consideravam um presente do Deus do Vento, Quetzalcoatl, que teria roubado um cacaueiro da Terra dos Filhos do Sol e ofereceu a árvore para os homens. Como as sementes de cacau eram muito valiosas, os índios chegavam a usá-las como moedas.
As amêndoas de cacau eram trituradas entre pedras e, a partir de então, resultavam em uma pasta escura e amarga que, misturada com água, farinha de milho e algumas especiarias como a baunilha, a pimenta vermelha e o gengibre se transformavam em uma bebida. A preparação desta bebida era destinada somente para consumo em rituais religiosos e comemorações especiais, cujo nome era “Tchocolath”.
Muito tempo depois, após a descoberta do leite em pó, em 1875, o suíço Daniel Peters fez a experiência de adicioná-lo ao chocolate, dando início assim, ao conhecido “chocolate ao leite”.
A árvore que dá origem ao cacau é o cacaueiro. Ele se desenvolve em florestas e bosques escuros e úmidos, num local longe dos ventos fortes e protegidos pelas grandes árvores das florestas tropicais, numa temperatura entre 15 e 35 graus.
O cacau veio ao Brasil em 1746, chegando no sul da Bahia, com as primeiras sementes trazidas por Luiz Frederico Warneau, um colono francês. As sementes eram plantadas como plantas ornamentais, à margem do Rio Pardo, atualmente é a cidade de Canavieiras.
O cacau oferece três matérias primas para a produção de chocolate: a massa de cacau, a manteiga de cacau e o cacau em pó. O processo de industrialização do chocolate envolve as seguintes etapas:
Secagem das sementes, torrefação, moagem (que gera a massa de cacau), prensagem (que resulta na manteiga de cacau e torta de cacau), e outra moagem que produz o cacau em pó (12% de gordura e não contém açúcar).
Para que um chocolate tenha este nome em seu rótulo, é necessário seguir a legislação brasileira que exige para chocolate líquido, barra e pó, um mínimo de 25% de cacau e para chocolate branco, um mínimo de 20% de manteiga de cacau.
O cacau já era cultivado e consumido pelos índios Astecas no México e pelos Maias na América Central bem antes da chegada dos colonizadores europeus. Além disso, o cacau era muito cultuado, pois, para eles, era um alimento sagrado. Chamado de “cacauhualt”, consideravam um presente do Deus do Vento, Quetzalcoatl, que teria roubado um cacaueiro da Terra dos Filhos do Sol e ofereceu a árvore para os homens. Como as sementes de cacau eram muito valiosas, os índios chegavam a usá-las como moedas.
As amêndoas de cacau eram trituradas entre pedras e, a partir de então, resultavam em uma pasta escura e amarga que, misturada com água, farinha de milho e algumas especiarias como a baunilha, a pimenta vermelha e o gengibre se transformavam em uma bebida. A preparação desta bebida era destinada somente para consumo em rituais religiosos e comemorações especiais, cujo nome era “Tchocolath”.
Muito tempo depois, após a descoberta do leite em pó, em 1875, o suíço Daniel Peters fez a experiência de adicioná-lo ao chocolate, dando início assim, ao conhecido “chocolate ao leite”.
A árvore que dá origem ao cacau é o cacaueiro. Ele se desenvolve em florestas e bosques escuros e úmidos, num local longe dos ventos fortes e protegidos pelas grandes árvores das florestas tropicais, numa temperatura entre 15 e 35 graus.
O cacau veio ao Brasil em 1746, chegando no sul da Bahia, com as primeiras sementes trazidas por Luiz Frederico Warneau, um colono francês. As sementes eram plantadas como plantas ornamentais, à margem do Rio Pardo, atualmente é a cidade de Canavieiras.
O cacau oferece três matérias primas para a produção de chocolate: a massa de cacau, a manteiga de cacau e o cacau em pó. O processo de industrialização do chocolate envolve as seguintes etapas:
Secagem das sementes, torrefação, moagem (que gera a massa de cacau), prensagem (que resulta na manteiga de cacau e torta de cacau), e outra moagem que produz o cacau em pó (12% de gordura e não contém açúcar).
Para que um chocolate tenha este nome em seu rótulo, é necessário seguir a legislação brasileira que exige para chocolate líquido, barra e pó, um mínimo de 25% de cacau e para chocolate branco, um mínimo de 20% de manteiga de cacau.
SORRISO BRANCO NUM
PISCAR DE OLHOS!