E "LIMARAM" O
SEXO DA VOVÓ.
No início de setembro começou na TV uma campanha das sandálias HAVAIANAS, criada pela Almap.
Todo mundo viu o filme, não é? Uma vovó esperta e bem simpática bate um papo com sua netinha em um restaurante quando entra quem? Quem? Nada menos que Cauã Raymond.
A netinha dá uma espiada no garotão e suspira por ele. No mesmo instante diz para a avó que devia ser muito difícil casar com um galã. A vovó, que já tinha chamado a atenção da netinha logo quando Cauã entrou no restaurante, dizendo que ela deveria era procurar um rapaz como ele, imediatamente retruca o comentário da netinha dizendo que não estava falando de casamento, mas sim, de sexo.
Pronto. A polêmica estava gerada.
- Velha sem-vergonha! Disseram alguns (ou algumas).
- Que abuso! Que linguajar vulgar! Disseram outros (ou outras)
- Onde já se viu isso? Induzindo a própria neta ao sexo. Disseram alguns (ou algumas) mais radicais.
Tem tanta coisa que é pior do que a simples palavrinha “sexo” dita num comercial sensacional por uma simpática senhora que faz o papel de uma simpática vovó.
Pior é essa hipocrisia toda.
Gente, o que é isso? Ninguém faz sexo? Todo mundo nasceu de proveta? Que mal tem o anúncio? Que agressão às pessoas ele comete? Que desrespeito às pessoas ele comete?
Pior mesmo foi a alteração do comercial, feita para “tapar o buraco da agressão”.
E pior ainda do que tudo isso foi o cliente aprovar uma peça e depois pedir para substituí-la por outra, “mais amena”, sem sexo. Se o anunciante aprovou a peça já tinha que saber e se preparar para o que desse e viesse. Recebeu reclamações? Tivesse uma carta na manga para isso argumentando com o(s) reclamante(s) que jamais teve a intenção de ser desrespeitoso com a audiência, etc., etc., etc.
O que mais se vê em filmes e, principalmente, nas novelas brasileiras é sexo, sexo, sexo, traição, traição, traição. Mas aí pode, né?
Se sentir “chocado” com um comercial ótimo e criativo como este da Almap é ridículo. Beira mesmo as raias da hipocrisia. Uma única palavrinha, “sexo”, se comparada aos "palavrões" que escutamos e lemos todos os dias ao tomar conhecimento das notícias pela TV, internet e rádio é que deveriam incomodar essa gente.
Triste decisão do CONAR. Triste postura da ALPARGATAS (leia-se HAVAIANAS). Tristes de nós que não vamos mais poder nos deliciar com essa vovó maravilhosa, simpaticíssima, que gosta de sexo como qualquer pessoa normal.
A propósito, alguém se lembra de uma outra vovó num outro comercial num outro tempo qualquer, muito anterior a este que em que vivemos, que anunciava um produto, se não me engano um eletrodoméstico qualquer e dizia que a praticidade que ele lhe dava deixava mais tempo para ela fazer as coisas que gostava, “como sexo, por exemplo?”
Pois é. Ninguém reclamou. É, o mundo muda.
Veja os dois filmes e tire suas próprias conclusões. Mas veja bem, não vá deixar de fazer outras coisas das quais gosta, como sexo, por exemplo, só para assistir um filminho proibido.
obs: fonte - COMIC SANS MS
Pior é ter que assistir as notícias do planalto central na hora do jantar. Pior é ter que andar pelas ruas do Rio olhando pra tudo quanto é lado com medo o tempo todo porque não há segurança nenhuma. Pior é o escândalo da prova do ENEM. Pior é a miséria em que se encontra o Brasil. Pior é a educação sucateada. Pior é a saúde pública inexistente. Pior são os apagões que dão tanta dor de cabeça e prejuízo a tantos.
Que grande palhaçada! Digo eu.