Esta é mais uma matéria retirada na íntegra do jornal BancáRio, edição 4.300, de 17/12/2009. Não adianta investir milhões de Reais em campanhas publicitárias maravilhosas e ter uma mentalidade dessas.
Propaganda não vende mentira. Propaganda não vende desrespeito. Propaganda não vende descaso.
Preste bem atenção e veja o que os ardilosos banqueiros fazem com os correntistas e com seus funcionários:
BANCÁRIOS E
CLIENTES SOFREM
COM
SUCATEAMENTO NO
REAL E UNIBANCO.
Além de atingir os bancários, trazendo demissões e piorando as condições de trabalho, as fusões prejudicam também os clientes. Além da manutenção dos juros nas alturas, como consequência da maior concentração bancária, as agências dos bancos comprados estão sendo sucateadas.
Só para citar alguns exemplos, no REAL e no Unibanco, adquiridos recentemente pelo SANTANDER E ITAÚ, as máquinas de auto-atendimento estão sempre com problemas, devido à falta de manutenção, o que acontece, também, com os equipamentos utilizados pelos bancários. "No REAL, a situação ainda é pior, com diversas agências com mobiliário antigo e inadequado, ferindo as normas de ergonomia, causando o adoecimento dos funcionários", denuncia o Diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato, Gilberto Leal.
Acrescenta que, o mais grave, é que, apesar disto tudo, o banco se nega a emitir as Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT) para os bancários que adoecem por este motivo.
DENÚNCIA AO MPT
Por conta do sucateamento, os próprios gerentes administrativos destas unidades têm enfrentado um crescente desgaste psicológico, pois têm a função de resolver os problemas, mas batem de frente com a omissão proposital dos bancos compradores, no caso, o ITAÚ e o SANTANDER. "Eles são o pára-raios dos problemas, recebendo reclamações dos funcionários e clientes, atingidos pelo sucateamento", comenta Gilberto.
O Sindicato já está estudando uma série de medidas para pôr fim a esta situação. Entre elas, solicitar fiscalização ao Ministério do Trabalho e entrar com denúncia sobre estes fatos junto ao Ministério Público do trabalho (MPT).